São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Telefonista politizada Sinais da crise em Alagoas eram notados ontem nos lugares mais inesperados. Um jornalista telefonou de São Paulo para o serviço de informações da telefônica alagoana e pediu o número da Assembléia Legislativa. Nervosa, a telefonista disse: - Mas por que você quer esse telefone, meu filho? Está tendo um quebra-quebra lá na praça, na frente da Assembléia. O jornalista disse que estava telefonando de São Paulo e queria saber o telefone da Assembléia justamente por causa da confusão. Ao que a telefonista disse: - Tá a maior desgraceira aqui, meu filho. O jornalista perguntou se ela estava com o salário atrasado. - Eu não, mas meu marido, que é policial militar, não vê o salário há meses. Ele está lá na praça, no meio do povo, pedindo a cabeça do governador. Após resistir e recomendar várias vezes ao jornalista que tomasse cuidado, a telefonista finalmente deu o número pedido. Texto Anterior: Em boas mãos; Ameaça fiscal; Mãozinha federal; Magda do Planalto; Chega de conversa; Jeito tucano de ser; Anistia à vista; Discurso oficial; Interesse próprio; Aliança de conveniência; Crise anunciada; Mais uma briga; Pregando no deserto; Buscando a receita; Vendendo dificuldades; Visita à Folha Próximo Texto: Pressão da PM afasta governador de Alagoas; choque deixa 13 feridos Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |