São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997 |
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Ritmo das obras está desacelerado
ROGÉRIO GENTILE
A Folha apurou, entre técnicos da própria prefeitura, que o município deve cerca de R$ 230 milhões para as construtoras. Os projetos mais afetados são os viários (incluindo pavimentação de rua) e as obras antienchente. A grande exceção é o projeto Cingapura que, ainda que não esteja com as metas de campanha sendo cumpridas, não tem obras paradas e os pagamentos estão acontecendo sem atrasos. O presidente da Apeop, Paulo Godoy, diz que as dificuldades da prefeitura eram previsíveis. "Houve um grande acúmulo do serviço no final do ano passado. Mas pensávamos que isso seria contornado em seis meses", diz. Godoy afirma que a entidade está fazendo um levantamento para saber o valor exato da dívida da prefeitura com as empresas. "Até agora, consegui confirmar com parte das empresas um valor inicial de R$ 50 milhões", diz. Ele afirma que a associação está "muito preocupada". Reynaldo de Barros, secretário de Vias Públicas, admite atrasos nos pagamentos, mas afirma que não é nada problemático. "O asfalto tem algum atraso, mas não é nada de assustar. A Apeop quer que a gente solte mais obras", diz. Abandono Desde o início do ano, poucos projetos foram concluídos. As obras mais importantes foram a estação de bombeamento de água da avenida Água Espraiada, na zona sudoeste, e a canalização do córrego Mandaqui, na zona norte. Obras importantes -como o conjunto de viadutos sobre a avenida 23 de Maio, o "Cebolinha Sena Madureira", na zona sudoeste- estão praticamente abandonadas. O piscinão do córrego Água Espraiada também não está pronto. No local, há alguns operários, mas os trabalhos estão, segundo a própria prefeitura, lentos. Outras obras nem foram iniciadas. São os casos de três dos cinco piscinões do vale do Aricanduva, na zona sudeste, prioridades do programa de governo de Pitta. Nos outros dois, os trabalhos foram interrompidos. Reynaldo de Barros diz que, além dos problemas de caixa, a prefeitura está tendo dificuldades nas desapropriações. "Com o avanço das obras, os terrenos valorizaram tanto que tivemos de parar para negociar", diz. (RG) Texto Anterior: Dívida com ônibus é de R$ 10 mi Próximo Texto: As contas da Prefeitura de São Paulo Índice |
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