São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Casos de sarampo em SP crescem 20%

MARCOS PIVETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

O crescimento da epidemia de sarampo na região metropolitana de São Paulo mantém sua curva ascendente.
O número de mortos não foi alterado. Cinco crianças morreram este ano devido à doença.
O número de casos suspeitos, que ainda dependem de confirmação laboratorial, no entanto, aumentou de 904 para 1.112.
A quantidade de doentes internados também subiu de 166 para 180.
"A epidemia ainda está em sua curva ascendente. Não é fácil controlar um surto de sarampo, doença que é facilmente transmitida", disse Mirian de Moura Almeida, assistente técnica da direção do CVE.
Os técnicos do CVE ainda não sabem afirmar se a última campanha estadual de vacinação, feita no final do mês passado, foi capaz de deter o avanço da doença.
Para o CVE, os novos casos da doença, mesmo os 17 surgidos e confirmados no julho, ainda refletem a situação anterior à campanha de vacinação.
"Somente quando divulgarmos uma nova parcial de casos confirmados, provavelmente na próxima semana, saberemos se a campanha foi eficaz", disse Mirian.
Dados da última campanha mostram que menos de um terço do meio milhão de crianças com mais de 1 ano que a Secretaria de Estado da Saúde esperava vacinar com a tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) foi realmente imunizado.
Reunião
Na próxima segunda-feira, haverá em São Paulo reunião de técnicos do CVE, Ministério da Saúde e especialistas de universidades paulistas para rediscutir a estratégia do Estado para deter o avanço da epidemia.
Até agora, apesar de os adultos serem, em números absolutos, as maiores vítimas do sarampo, as crianças detêm o maior coeficiente proporcional de infecção.
Na cidade de São Paulo, que vive o surto de sarampo desde o segundo semestre do ano passado, 87,7 em cada 100 mil bebês com menos de 1 ano contraíram a doença.
Entre pessoas de 15 a 29 anos, o índice cai para 24,4.
Os postos de saúde praticamente só têm vacinado crianças. Em adultos, a vacinação apenas é feita quando a pessoa teve contato com algum caso suspeito da doença e foi indicada pelo CVE.

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