São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Bolsa despenca e vira montanha-russa

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores paulista ainda está perdida, à procura de novo patamar para os preços das ações.
Ontem, o Índice Bovespa voltou a cair forte, recuando 7,21%. No dia anterior havia subido 8,8%, na sequência da baixa recorde de 8,5%, montanha-russa que deixa o mercado com os nervos à flor da pele.
As explicações para a nova queda foram as mais variadas e incluíram até a crise no Estado de Alagoas.
Entre elas, a que guardou relação mais próxima com o mercado de capitais foi o anúncio de que o Sistema Telebrás vai baixar as tarifas a partir de 98, o que, em tese, poderia reduzir os lucros das teles que serão privatizadas.
O certo é que o mercado continua francamente vendedor, com muitos vendendo para realizar lucro -ou perder menos.
O Ibovespa, termômetro da média ponderada do mercado, continua com alta de 66,5% no ano, o que reflete em larga medida o desempenho de Telebrás. Em um período de 12 meses, a alta do índice é ainda maior, acumulando valorização de 88,7%.
Outra explicação é a de que voltou a haver saques nos fundos de renda variável, o que acaba aumentando a oferta de papéis. A queda da Bolsa se agravou à tarde, depois que as mesas receberam informações sobre ordens de resgate nos fundos de ações.
A agitação do mercado de ações não chegou a ter impacto no mercado de dólar, onde houve queda das cotações no mercado futuro.
No mercado à vista, o Banco Central precisou inclusive realizar um leilão de compra, para evitar que as cotações caíssem abaixo do piso da minibanda de variação.
Isso mostra que os efeitos internos são bem maiores que os externos (crise cambial na Ásia) na atual turbulência das Bolsas.

LEIA MAIS sobre Bolsas nas págs. 2-3, 2-4 e 2-6

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