São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Juro e dólar acalmam BC

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DE NOVA YORK

A montanha-russa das Bolsas não preocupou ontem o BC (Banco Central). Segundo o presidente do banco, Gustavo Loyola, o importante é que ontem os mercados de câmbio e juros estavam estáveis.
"O mercado de Bolsas é naturalmente nervoso. O que nos deixa preocupado é se alguma coisa acontece nos mercados de câmbio e juros", disse Loyola.
Apesar do nervosismo que tomou conta do mercado, Loyola afirmou que a semana apresentou sinais positivos para a economia.
Após citar números da balança comercial, disse que a tendência é que o déficit em julho fique abaixo do registrado no mês passado.
O presidente do BC disse que, no mercado financeiro, já tem analista dizendo que existe a possibilidade de o déficit no ano ficar abaixo de US$ 10 bilhões. No início do ano, previam-se até US$ 15 bilhões.
O presidente do BC voltou a afirmar que a crise da Ásia não vai atingir o Brasil porque as realidades são diferentes. Ele lembrou que as empresas asiáticas estão altamente endividadas, o que não estaria ocorrendo aqui.
Malan
Em Nova York, o ministro da Fazenda, Pedro Malan, continuou com o mesmo discurso da véspera, quando havia definido o movimento como uma "correção natural".
As variações verificadas no mercado financeiro são definidas pelo ministro como "parte do processo". Para ele, o Brasil está longe de caminhar para uma crise cambial.
"A Bolsa tinha subido muito e, com os agentes querendo realizar seus lucros, uma queda podia acontecer. Ontem (anteontem) subiu, não subiu? Estas variações acontecem."

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