São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Sindicalista diz que ficará para atender pedidos

DA REPORTAGEM LOCAL

Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, disse que sua decisão de disputar um novo mandato na CUT não é um projeto pessoal, mas uma decisão da maioria.
Segundo ele, os pedidos para sua permanência começaram a chegar desde o momento em que anunciou sua vontade de concorrer a uma vaga de deputado federal nas próximas eleições.
"Recebi muitas solicitações do Brasil inteiro para ficar. E eu não queria sair da central sem que todos concordassem", disse.
Ele afirmou que cumprirá todo o mandato na CUT, de três anos, caso seja reeleito. Segundo Vicentinho, uma candidatura a deputado federal em 98 está descartada.
Conversa
O presidente da CUT procurou se mostrar tranquilo em relação à decisão dos bancários de não participar da chapa da Articulação para as próximas eleições da central.
Segundo ele, a reação dos bancários é compreensível, já que eles esperavam indicar o presidente na nova chapa.
Mas Vicentinho disse que não considera definitiva a decisão. "Iremos conversar bastante e tentar convencer os bancários a permanecer. A participação deles é importante para a CUT", afirmou.
Críticas
O presidente da CUT classificou de " fáceis" as críticas feitas a ele por dirigentes do Sindicato dos Bancários de São Paulo.
Os bancários julgam erradas algumas decisões tomadas pela CUT no ano passado e consideram que elas foram tomadas por pressão de Vicentinho.
Entre elas estão a convocação de uma greve geral e a discussão com o governo sobre a reforma da Previdência, ambas fracassadas.
Segundo Vicentinho, a convocação da greve geral não foi uma decisão sua. "Ela foi tão discutida, dentro e fora da CUT, que teve a participação de três centrais."
Vicentinho também disse que as conversas com o governo sobre a reforma da Previdência foram debatidas na central. "Eu não tomei nenhuma decisão sozinho", disse.

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