São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Juros e dólar mantêm distância da Bolsa

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar da Bolsa de Valores de São Paulo, os mercados futuros de juros e dólar operaram ontem com relativa tranquilidade.
No mercado de câmbio da BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), houve inclusive queda das cotações para entrega futura.
O dólar para entrega em setembro, por exemplo, recuou 0,02%, para fechar a R$ 1,092.
As taxas projetadas para os meses até setembro fecharam no mesmo nível do dia anterior.
Houve alta para os meses mais distantes. Para novembro, por exemplo, a taxa projetada fechou a 1,72%, contra 1,66% na quarta.
Nesse caso, segundo operadores, a alta se deu porque ainda há muita dúvida sobre o que pode acontecer com os países asiáticos e as consequências com relação ao Brasil.
Pesos e medidas
A alta de 8,8% da Bolsa de Valores de São Paulo, registrada na quarta-feira, não refletiu o desempenho do grosso dos negócios.
E isso porque o índice da Bolsa paulista acompanha apenas a variação das cotações, sem ponderar pelo volume dos negócios.
Ou seja, se foram negociados R$ 100 milhões de Telebrás, por exemplo, a R$ 165,0 e depois houve um negócio de R$ 100 mil a R$ 160,0, o índice apresentaria, apenas nesse intervalo, queda de 3%.
Nesse caso, no entanto, não seria levado em conta o fato de que, para o mercado, o preço mais realista seria o de R$ 165,0.
Cálculo de um banco estrangeiro que tratou de ponderar pelo volume negociado chegou à seguinte conclusão: na quarta-feira, a média dos negócios registrou alta de apenas 1,5%, número muito inferior aos 8,8% do Ibovespa.
Cálculo semelhante feito com os números de terça-feira, quando o Ibovespa recuou 8,5%, chegou a um índice próximo, de 8%, considerando igualmente o volume.
Conclusão: o mercado está hoje firmemente vendedor, especialmente no caso de Telebrás.
E o desempenho da Bolsa na quarta-feira pode ser considerado um caso de miopia estatística.
Minibanda
O BC voltou a alterar a minibanda. Desde ontem, o dólar comercial pode oscilar de R$ 1,081 a R$ 1,086. À tarde, o BC precisou comprar dólar para evitar que as cotações caíssem abaixo o piso.

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