São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Passagem aérea sobe 7,35% na 2ª

'Reajuste é burro', diz Embratur

DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Fazenda autorizou ontem o reajuste de 7,35% no valor máximo das tarifas aéreas nacionais. O percentual será adicionado ao preço das passagens a partir da próxima segunda-feira, em plena alta estação.
O Ministério da Fazenda também iniciou negociações com o Ministério da Aeronáutica para desregulamentar gradualmente o setor -medida que poderá levar à redução dos preços das passagens.
Trata-se do segundo reajuste nas tarifas permitido pelo governo às empresas aéreas desde julho de 1994, quando o governo lançou o Plano Real.
Conforme cálculos da Seae, o impacto do reajuste das tarifas aéreas na taxa de inflação deverá ser quase nulo -da ordem de 0,003% sobre o índice do IBGE, segundo a Seae. O prejuízo maior está sendo estimado pela Embratur (Empresa Brasileira de Turismo).
Mágicos
"Nessa situação, nem se fôssemos mágicos conseguiríamos viabilizar o turismo no país", afirmou Caio Luiz de Carvalho, presidente da Embratur.
"Esse reajuste é burro, extemporâneo e só colabora para que o brasileiro prefira viajar ao exterior", disse.
Dados da Embratur mostram que, neste mês, a taxa de ocupação nos hotéis da região Nordeste é de 55%. A média em meses anteriores era de 70%.
Segundo Carvalho, parte dessa queda está relacionada aos preços das passagens aéreas, considerados altos pelos usuários.
Ele afirmou que a proposta do Ministério da Fazenda de negociar a desregulamentação do transporte aéreo atende a uma antiga reivindicação da Embratur.
"As companhias têm direito de pedir aumento nas tarifas. Mas chegou a hora de o governo refletir sobre a flexibilização do setor".

Texto Anterior: Juros e dólar mantêm distância da Bolsa
Próximo Texto: Bill Clinton ameaça UE com sanções comerciais
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.