São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Diretor quer 'o acaso completo'

JACKSON ARAUJO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

O encenador Gerald Thomas, 42, faz sua estréia como diretor de desfiles hoje com a Zapping: "Vai ser o acaso total completo", tenta explicar Thomas.
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Folha - Como vai ser o desfile?
Gerald Thomas - É difícil explicar com palavras um conceito que é basicamente visual. São três coisas, em três níveis visuais.
Folha - Como assim?
Thomas - É um mix de tudo. Para me autoparafrasear, é obra do acaso total completo. A roupa que você pegar, naquela hora, é a roupa que você veste. A luz que estiver acesa é a luz que será usada. É mais ou menos o antiesquema que foi usado na performance art desde o começo do cinema.
Folha - Você está trazendo uns bailarinos de Minas Gerais...
Thomas - Sim. São quatro bailarinos do Grupo Primeiro Ato, que fazem uma mistura de Eros, cupido e índio brasileiro. São os quatro anjos que tomam conta do mundo. Que estou tentando fazer explodir em cena. No momento, seis cenotécnicos estudam a possibilidade de isso dar certo.
Folha - O que você acha de pessoas normais, na passarela, desfilando, em vez de modelos?
Thomas - Se todo mundo morasse no planeta do "Blade Runner" todo mundo seria normal.
Folha - Como será a luz?
Thomas - Luz fria.
Folha - E a passarela?
Thomas - Com muito pó de café no chão. Eu quero muito cheiro de café.
(JA)

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