São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Israel começa a julgar ativista que ofendeu o Islã com cartaz

Tatyana Suskin usa camiseta racista no tribunal

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A Justiça de Israel iniciou ontem o julgamento da extremista judia Tatyana Suskin, 26, que havia pregado cartazes ofensivos ao islamismo em Hebron, na Cisjordânia.
Os cartazes, que mostravam o profeta Maomé com as feições de um porco, provocaram reações indignadas no mundo muçulmano e geraram conflitos em Hebron.
Suskin está sendo acusada de racismo, atentado a sentimentos religiosos, apoio a organização terrorista e agressão contra condutores de veículos. Ela pode ser condenada a até 26 anos de prisão.
O tribunal decidiu retomar o julgamento em 15 dias para aguardar o resultado de exames psiquiátricos na acusada. Ela compareceu à audiência vestida com uma camiseta do movimento racista Kach, criado nos anos 80 e declarado ilegal em 1994, após um militante seu provocar a morte de 29 muçulmanos em uma mesquita de Hebron.
Ataque a beduínos
O Exército israelense destruiu ontem 4 casas e 15 barracas de um acampamento de beduínos palestinos na Cisjordânia para poder construir uma estrada. Cerca de 40 pessoas habitavam o acampamento, que ficava em Bir Nabala, ao norte de Jerusalém.
Israel havia expulsado há seis meses centenas de beduínos que viviam no deserto de Neguev para ampliar um assentamento.
O chefe do serviço secreto Israel, Ami Ayalon, se reuniu ontem em Gaza com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, para discutir o que teria sido um atentado de oficiais da OLP contra assentamento judeu. Israel considera o incidente uma violação dos acordos de paz.

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