São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997 |
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Faturamento em 96 foi de US$ 1 bi
MARTA AVANCINI
Com faturamento estimado em US$ 1 bilhão em 96, Versace é considerado um dos mais bem-sucedidos empresários do mundo da moda. O sucesso se deve a dois motivos: a dimensão mundial de seus negócios e o estilo centralizado de administração. A Gianni Versace Spa em Milão (Itália) é a sede de uma rede mundial -vai de Nova York a Tóquio, passando por Paris, Londres e Berlim, composta por 138 butiques e mais de 2.600 pontos de distribuição independentes. "O mundo da moda, da alta-costura, não pode ser mais pensado enquanto estruturas isoladas. As maisons são, cada vez mais, marcas e integram conglomerados que vendem roupas, perfumes e até produtos para a casa", disse Claudine Zanelli, jornalista da edição francesa da revista "Elle". No caso de Versace, seu nome estava associado a pelo menos oito marcas e cinco tipos de produtos diferentes -da linha "Atelier Versace" à "Versace Jeans Couture", das gravatas aos produtos de couro e para a casa. Já a administração sempre ficou a cargo do próprio Gianni de seu irmão Santo e da irmã Donatella. Santo cuida da parte comercial e administrativa e Donatella atua como diretora artística. Com a morte de Gianni, Donatella é apontada como possível sucessora do estilista. Ela já atuou como criadora da linha "Versus". A história de Versace é marcada pelo sucesso e é semelhante à da maioria das maisons que integram o seleto circuito da alta-costura. De 78, quando lançou sua primeira linha de prêt-à-porter, até 89, quando conquistou Paris com uma coleção, Versace investiu na fixação de uma marca e de uma imagem. "É o caminho normal. Em geral, os estilistas lançam o prêt-à-porter, depois um perfume e entram para a alta-costura. É uma maneira de se tornar conhecido e conquistar clientela", disse Maria Dulce Gomes Nunes, responsável pelas relações internacionais da maison Lecoanet Hemant. Texto Anterior: Corpo foi incinerado Próximo Texto: "Festas não eram orgias" Índice |
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