São Paulo, sexta-feira, 18 de julho de 1997
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Coma e beba rock no Savage

MARCELO OLIVEIRA

Um bar com cara de quarto de adolescente, com direito a vídeos de hard rock e heavy metal, com pôsteres e flâmulas em todas as paredes. Onde você pode "bater" um fliperama, mandar um x-salada com nome de música de Ozzy Osborne ("Mr. Crowley"), e tomar um bombeirinho (vodca com groselha) chamada "Ride The Sky" (Cavalgada no Céu), nome de uma música do grupo hard alemão Halloween.
É o que você encontra no Savage Rock House, em Moema, aberto há três meses pelos amigos Hudson Sakamoto e Paulo Matsumoto.
Os dois deixaram o mercado financeiro para criar o Savage. "O pessoal tem aquele preconceito de que bar de rock é sujo e escuro."
Para relaxar, "o quarto" ainda dispõe de um amplificador. É possível levar, nas quartas, quintas e domingos, a sua guitarra ou violão e "destravar a mão" em covers diletantes de suas bandas preferidas, ou, de repente, encarar um acústico improvisado de uma banda em passagem pela cidade, como aconteceu este mês com o grupo alemão de heavy Grave Digger.
Na casa, pintada com cores nada mórbidas, como amarelo, azul, vermelho e lilás, piso quadriculado preto e branco, o público pode curtir três ambientes. No primeiro, fica a cozinha, as máquinas de fliperama e o "ampli" para as jams sessions.
No segundo, onde será instalado um palco, predomina o vídeo. O terceiro, onde toca música mais tranquila e já se tornou o "amassódromo", vai virar uma pista de dança em breve.
O público não ultrapassa a casa dos 25. Prova do sucesso do bar entre os jovens, o coquetel mais procurado é o "Phantom Blue", que tem gosto de chiclete, proporcionado por um xarope de flores e frutas, e não é alcoólico.

SAVAGE ROCK HOUSE - al. dos Nhambiquaras, 452, Moema, região sudoeste, tel. 571-7751. 180 lugares. Qua., qui. e dom.: 18h à 1h. Sex.: 18h às 4h. Sáb.: 21h às 4h. Cons. mín.: Sex. e sáb. R$ 5 (mulher) e R$ 10 (homem). Preços: R$ 1,50 (cerveja) e R$ 10 (uísque).

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