São Paulo, sábado, 19 de julho de 1997 |
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Governador mineiro sugere negociação com PMs grevistas
PAULO MOTA
"No meu Estado, os soldados cederam e o governo teve de avançar um pouco na sua proposta financeira e tudo se resolveu ", disse o governador. A greve dos PMs de Minas foi a primeira do país, este ano, e terminou com a morte de um cabo, durante um tiroteio ocorrido em frente ao Palácio da Liberdade, sede do governo mineiro. Após o incidente, o governador mineiro teve de conceder aumento de 48,2%, maior do que o pedido inicialmente pelos PMs. Azeredo afirmou que tem em seu poder uma pesquisa de opinião que mostra o "aplauso" da população de Minas Gerais à "forma tolerante" com que conduziu as negociações na greve da Polícia Militar do seu Estado. Para Azeredo, o fato de ele ter negociado com os grevistas não detonou "um efeito cascata" que teria influenciado a ocorrência de greves nas PMs de outros Estados. "É muito simplismo dizer que Minas Gerais desencadeou tudo. Aconteceu em outros Estados, porque o problema já existia de forma latente em todo o país e apenas começou no meu Estado." Segundo ele, as greves que estão ocorrendo em outros Estados demonstram "claramente" que o problema não é uma situação local de Minas, mas de todo o país. "Nós precisamos de modificações para que os Estados tenham viabilidade financeira", afirmou Azeredo. Segundo ele, os governadores já estão "ficando roucos" de tentar convencer o governo federal da necessidade de criar "mecanismos" para barrar o processo de falência dos Estados. Texto Anterior: Quartéis podem ficar em prontidão Próximo Texto: Líder critica forma de protesto Índice |
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