São Paulo, sábado, 19 de julho de 1997
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Líder critica forma de protesto

FÁBIA PRATES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O cabo Júlio César Gomes, líder do movimento que levou quase 10 mil policiais às ruas de Belo Horizonte (MG) no dia 24 de junho, disse discordar da forma de manifestação dos demais policiais do país por melhores salários.
"Eu não apóio violência, desordem, quebradeira, mas a manifestação legal", disse.
Segundo ele, ir para as ruas só é opção em último caso, quando já estiverem esgotados os caminhos da negociação.
Gomes orienta os policiais a se mobilizarem nos quartéis, fazendo com que a sociedade sinta a falta do policiamento nas ruas e cobre do governo uma solução.
"Já que existe insatisfação geral, que se pare nos quartéis, como aconteceu no início aqui. Que se mostre aos governos a necessidade de reformulação do salário da polícia em todo o Brasil".
Segundo Gomes, a mobilização das polícias em outros Estados é um efeito cascata, já esperado, da manifestação de Minas.
"Todas (as polícias) eram insatisfeitas. Quando a polícia de Minas foi para as ruas e houve uma vitória, as polícias começaram a tomar coragem e copiar o movimento", afirmou.
Gomes disse que, durante a manifestação da polícia mineira, alguns batalhões de outros Estados informaram que também se mobilizariam, pois estavam em situação pior ou igual à da polícia mineira.
Segundo ele, não há nenhuma organização nacional coordenando o movimento. (FÁBIA PRATES)

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