São Paulo, sábado, 19 de julho de 1997
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Entenda a crise do governo de Alagoas

DO TOTAL ARRECADADO VAI PARA O LEGISLATIVO ALAGOANO

R$ 330,01
é o salário de um policial militar iniciante em Alagoas

O caso dos precatórios
-No final de 1995, sem poder pagar o funcionalismo, Suruagy encontrou uma solução para arrecadar dinheiro -a emissão de títulos públicos
-Mas a Constituição de 88 só permite a emissão de títulos para pagar precatórios (dívidas judiciais). A fim de burlar essa exigência, o governo utilizou artifícios para aumentar o valor da emissão
-As operações com títulos alagoanos acabaram sendo investigadas por uma comissão da Assembléia Legislativa e uma CPI do Senado
-A comissão da Assembléia chegou a votar um pedido de impeachment do governador -rejeitado por 18 votos a 7

As irregularidades*
-O governo forjou uma tabela, inflando os valores, para poder emitir mais títulos
-Para realizar o lançamento dos títulos, o banco Maxi-Divisa foi contratado sem licitação
-Foi falsificada a assinatura do ex-governador Fernando Collor de Mello em um documento
-O governo participou da "cadeia da felicidade" que concedeu lucros a participantes de operações com os títulos alagoanos
-O dinheiro arrecadado foi todo desviado para outras finalidades, quando só poderiam pagar dívidas judiciais

A defesa
O governador Divaldo Suruagy diz que não reconhece irregularidades na emissão de títulos do Estado e que ela foi aprovada pelo BC e pelo Senado
R$ 301,6 milhões
é o valor dos títulos emitidos pelo governo de Alagoas para pagar precatórios (dívidas judiciais)
R$ 14 milhões
foram pagos ao Banco Maxi-Divisa como comissão pelo lançamento dos títulos
R$ 69 milhões
foram perdidos como deságio dos títulos lançados pelo governo estadual

* De acordo com relatório do senador Roberto Requião, relator da CPI dos Precatórios

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