São Paulo, sábado, 19 de julho de 1997 |
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Para paciente, 'lista única não existe' Eles não sabem quais são suas colocações LUCIA MARTINS
A Folha ouviu quatro pessoas que estão na fila do fígado do HC. Nenhum deles sabe para que lugar passaram com a nova lei. O serralheiro Salvador Aguera, 58, espera um fígado há dois anos. Quando saiu a mudança, Aguera ficou feliz porque, como espera um órgão há muito tempo, deveria "pular" as quatro pessoas que estavam na sua frente na lista do HC. Mas até agora não teve nenhuma informação do médico ou do hospital. "Vou lá (ao HC) todos os dias, mas ninguém sabe nada", afirma Elza Aguera, mulher de Aguera. Na última sexta-feira, Aguera teve alta no HC, onde ficou durante uma semana tentando se recuperar de uma cirurgia. Aguera quase fez o transplante duas vezes. Ele carrega um bip, que já tocou duas vezes em menos de um ano. Mas nas duas vezes o órgão não pôde ser usado no serralheiro. Primeiro, porque não era compatível e, por último, porque tinha problemas. Outro paciente que usa uma cadeira de rodas por causa da doença é o aposentado José Pires dos Santos Barros, 61. Ele está na lista do HC desde novembro de 96, mas, em junho deste ano, deixou Fortaleza (CE) e se mudou com o filho para um apartamento em São Paulo na esperança de conseguir um fígado novo. (LM) Texto Anterior: Fila única paralisa transplantes em SP Próximo Texto: Veja como funcionam os transplantes Índice |
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