São Paulo, sábado, 19 de julho de 1997
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Bancário volta a atacar Vicentinho na CUT

JULIANA GARÇON
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, sobrepôs conveniências pessoais às estratégias e objetivos da central. A opinião é de Ricardo Berzoini, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, que será candidato a deputado federal pelo PT em 98.
"Se não colocou a conveniência pessoal acima do debate coletivo, no mínimo ele agiu sem a firmeza e credibilidade necessárias para ser presidente da CUT", diz Berzoini.
Berzoini se referia à decisão de Vicentinho, anunciada na quinta-feira, de disputar um segundo mandato na central.
Vicentinho diz que o sindicato dos bancários é o único dos 1.300 da Articulação que não o quer como cabeça de chapa.
Segundo ele, a divergência aconteceu porque os bancários foram intransigentes. "Eles falaram: se não é a presidência, estamos fora."
O atual presidente da CUT havia indicado o bancário João Vaccari Neto, que é secretário-geral da CUT, para a sucessão. De acordo com Vaccari, a indicação foi vazada para a imprensa por Vicentinho e seus correligionários. Teriam então deteriorado, deliberadamente, a imagem do bancário para que Vicentinho sobrasse como a única alternativa para a chapa. "O Vicente quer construir a CUT de um homem só", diz Vaccari.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo levará aos bancários do resto do país a proposta de não participar da chapa da Articulação.
Para Jorge Luís Martins, o Jorginho, candidato à presidência da CUT pela Alternativa Sindical Socialista, corrente de oposição à Articulação, as divergências entre os bancários e Vicentinho não aumenta as chances da ASS no congresso nacional da CUT. Para ele, o debate apenas reforça que eles só fazem marketing.

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