São Paulo, sábado, 19 de julho de 1997
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Malabarismos nas coreografias recebem críticas em Joinville

MARCELO NEGROMONTE
ENVIADO ESPECIAL A JOINVILLE (SC)

Depois de três dias de competição (encerrada na última quarta-feira), o balé clássico recebeu críticas em virtude das coreografias, no 15º Festival de Dança de Joinville, que termina no próximo dia 23, quarta-feira.
"O grande problema das apresentações deste ano são as coreografias, que não estão à altura dos bailarinos concorrentes", disse Ismael Guiser, jurado do festival e dono de uma escola de dança com seu nome em São Paulo.
Segundo o júri, algumas coreografias buscavam movimentos em que predominavam malabarismos (piruetas e sustentações), aplaudidos pela platéia, em detrimento da expressão artística.
"Em primeiríssimo lugar, isso é um problema das escolas de dança, onde o professor faz a coreografia. Professor não é coreógrafo", afirmou Guiser.
Revelação
Apesar dessas críticas, os jurados concordam que nos últimos tempos estão surgindo cada vez mais valores individuais na dança.
"A realização de muitos festivais, como vem acontecendo, tem colaborado para essa evolução da dança", disse Guiser.
Um desse valores individuais que encantou o júri é Thiago Bordin, de 14 anos, forte candidato ao prêmio de revelação do festival, que será conhecido no último dia.
Thiago ganhou na categoria Pas de Deux Duo Clássico Júnior e ficou com a segunda colocação na Variação Júnior 2.
"Nunca passou pela minha cabeça ser cogitado pra o prêmio revelação", disse Thiago, que concorreu com o número "Playground", do Ballet Kátia Rocha de São Paulo. Neste ano, o bailarino revelação embolsará R$ 2 mil.

O jornalista Marcelo Negromonte viajou a convite da organização do festival.

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