São Paulo, sábado, 19 de julho de 1997
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Colker dinamiza a dança em "Rota"

FLÁVIO ARANTES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

A coreógrafa Deborah Colker estréia hoje, no teatro Guaíra, em Curitiba, a turnê nacional de "Rota", novo espetáculo de sua companhia de dança, que leva seu nome.
"Rota" é uma evolução de "Velox", coreografia anterior de Colker, sucesso de público e crítica e responsável pela projeção da companhia carioca, criada em 1994.
Em "Velox", segundo a coreógrafa, ela trabalhou com forças estáticas. Inspirados no esporte, os bailarinos atuavam suspensos sobre uma parede. "Rota" evolui para a força dinâmica.
No lugar da parede, uma roda em cobre com dois aros de 4,5 m de diâmetro que se movem, símbolo não só do movimento, mas da busca de novos caminhos e descobrimentos.
Dividido em dois atos, o primeiro tem quatro movimentos inspirados nas divisões de uma composição clássica: Allegro, Ostinato, Vigoroso e Presto.
É uma "partitura de corpos". A coreógrafa busca dar forma e volume aos sons da música erudita com coreografias inspiradas na alegria, na obstinação, no vigor de que falam as divisões. No primeiro movimento, a trilha sonora é de Mozart.
No segundo ato, estão dois movimentos: Gravidade e Roda. No primeiro movimento, os bailarinos de "Rota" imitam astronautas, em movimentos no espaço sem gravidade. Na segunda parte, dançam e se movimentam sobre a roda e escadas.
"Com 'Rota', eu quero introduzir as palavras fluidez e leveza nos meus espetáculos", diz Deborah Colker.
É o que a companhia se propõe: um espetáculo que, além de técnica, exige muita força muscular e equilíbrio dos 13 bailarinos.
Tudo para que se possa passar ao público a mágica de movimentos às vezes vigorosos, às vezes suaves, mas sempre precisos.
Programação
"Rota" fica em cartaz no teatro Guaíra, em Curitiba, hoje e amanhã. Depois, vai a Porto Alegre (dias 24 e 27), Florianópolis (dias 1º e 2 de agosto) e Londrina (dias 7 e 8).
O espetáculo chega no dia 5 de setembro ao Rio de Janeiro (teatro João Caetano), onde fica por três semanas. No dia 2 de outubro, estréia em Brasília, depois vai a Goiânia e, em seguida, percorre quatro cidades do interior do Rio.
Chega ao teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo, no dia 30 de outubro, onde fica por um mês.
Em seguida volta ao Rio. Em janeiro de 98, percorre o interior de São Paulo. De 2 a 15 de março, apresenta-se em Belo Horizonte. Em 20 de março, estréia em Salvador, quando inicia temporada pelas capitais do Nordeste.

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