São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997 |
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Cidade vive noite de pânico e barbárie
XICO SÁ
Devido à falta de policiamento, carros foram arrombados, com pedradas nos pára-brisas, no centro da cidade e nas áreas das praias do Pina e Boa Viagem. Os caixas eletrônicos de bancos 24 horas também foram alvos na madrugada, sendo quebrados com paralelepípedos. A maioria dos bares fechou as suas portas ainda no começo da noite. Os estabelecimentos que permaneceram abertos mantinham seguranças particulares para evitar assaltos aos fregueses. O bairro do Recife Antigo, área boêmia da cidade, ficou praticamente deserto. Nas paradas de ônibus, os poucos recifenses que saíram de casa se juntavam para enfrentar assaltantes. O pior é que o transporte coletivo funcionava precariamente, por conta da falta de segurança. Na periferia da cidade, o maior temor era em relação aos conflitos das chamadas "galeras", como são conhecidas as gangues que costumam se enfrentar armadas em vários bairros. CUT O comando da greve dos policiais civis e militares de Pernambuco deve contar, a partir de hoje, com a presença de representantes da CUT no seu comitê de negociação com o governo estadual. Segundo apurou a Folha, a proposta partiu da própria direção regional da CUT, sob o argumento de que os policiais não têm experiência no assunto. Além do apoio da central sindical, a Associação de Cabos, Soldados e Bombeiros, que encabeça a organização da greve da Polícia Militar, já conta com a ajuda financeira de pelo menos 17 sindicatos importantes de Pernambuco. A participação mais efetiva da CUT junto aos policiais, no entanto, é motivo de polêmica na entidade. Alguns dirigentes sindicais, segundo apurou a Folha, acham que não podem apoiar quem "sempre bateu" em grevistas. Na noite de anteontem, os policiais estiveram reunidos com os sindicalistas, além de representantes do PT e PSTU. Texto Anterior: Demissão de coronel agrava crise na PM Próximo Texto: Estado tem onda de crimes e rebelião Índice |
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