São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997 |
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Demissão de coronel agrava crise na PM
FÁBIO GUIBU
O oficial foi afastado do cargo por não concordar com a determinação do comandante-geral da corporação, Antonio Menezes, de colocar nas ruas 110 cadetes para tentar garantir a segurança na cidade. Carvalho considerou a decisão temerária por acreditar que os cadetes -policiais que estudam para se tornar oficiais- não têm experiência para atuar em situações que beiram o confronto, como ocorre em Recife. "A decisão do comando representa um risco", concordou o coronel Ewerton Miranda, integrante da Associação dos Oficiais da PM, entidade que apóia a greve dos policiais. Segundo Miranda, os cadetes vão atuar sob o comando de oficiais que não aderiram à paralisação -a maioria do interior do Estado ou lotados em áreas administrativas. O governador Miguel Arraes (PSB) considerou "um problema grave" a "quebra da hierarquia" provocada pelo apoio dos oficiais ao movimento de seus subordinados. Proposta Os policiais em greve voltam a se reunir hoje, em frente à Assembléia Legislativa. No local, a Associação dos Cabos e Soldados deverá apresentar uma proposta para o retorno das negociações com o governo. A proposta, no entanto, não prevê a volta dos militares às ruas, como exige o governo. A pauta elaborada pela associação vai ser votada antes de ser apresentada ao Estado. Na assembléia, os policiais vão definir também os rumos do movimento. Há possibilidade de, havendo adesão, ocorrer nova passeata, como a realizada semana passada, que reuniu 8.000 pessoas. Texto Anterior: Exército assume policiamento em Recife Próximo Texto: Cidade vive noite de pânico e barbárie Índice |
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