São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997
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PF investigou agente suspeito de facilitar fuga

LUCAS FIGUEIREDO
DO ENVIADO ESPECIAL

A Polícia Federal investigou a própria Polícia Federal por suspeita de envolvimento de agentes cedidos à Interpol (polícia internacional) na fuga de PC Farias.
Em 95, inquérito aberto na PF investigou o chefe da Interpol no Brasil à época da fuga de PC Farias, o delegado Edson de Oliveira, por desconfiar que ele havia ajudado o caixa do ex-presidente Fernando Collor de Mello a sair do país.
No dia 20 de setembro de 95, ainda cumprindo pena em regime semi-aberto, PC Farias deu um depoimento na PF em Maceió no qual afirmou nunca ter estado com Oliveira antes de o delegado buscá-lo na Tailândia, onde foi preso pela polícia local.
O inquérito foi encerrado sem apontar qualquer participação de agentes do órgão na operação.
Depois disso, Edson de Oliveira tornou-se superintendente da PF no Rio com o patrocínio político do ex-diretor do órgão e hoje senador Romeu Tuma (PFL-SP).
No dia 29 de junho de 93 -um dia antes de sua prisão ser decretada- PC deixou Maceió e foi para o interior de Pernambuco de carro.
PC foi preso na Tailândia em novembro de 93 por um motivo prosaico: foi reconhecido por um brasileiro quando jantava no restaurante do Royal Orchid Sheraton Hotel, onde estava hospedado.
Edson de Oliveira foi buscá-lo em Bancoc, notabilizando-se pelo fato de ter sido o responsável pela prisão de PC.

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