São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997
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Carro médio perde espaço para 'station'

ARTHUR PEREIRA FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

O carro médio foi o maior perdedor com a chegada da nova geração de "station wagons".
Luiz Muraca, da Volks, diz que as peruas se beneficiaram do que ele define como "um buraco" na oferta de carros médios. "Há falta de automóveis entre os modelos compactos e os grandes."
O Tipo, da Fiat, saiu de linha. O Kadett, da GM, é um modelo em fase terminal. Só espera o início de produção do Astra, em meados de 98, para ser aposentado.
O Polo Classic, importado pela Volks da Argentina, não vingou. E o Escort, da Ford, sofre a concorrência direta da perua Escort. "O Escort perdeu mercado para a perua Escort", afirma Renata Talarico, analista de marketing da Ford.
Entre comprar uma versão mais sofisticada dos carros pequenos -o preço é semelhante ao das peruas (entre R$ 18 mil e R$ 24 mil)- e um modelo médio grande, como o Vectra (que custa entre R$ 24 mil e R$ 35 mil) o consumidor está optando por uma "station wagon".
Consumidor jovem
Além disso, as fábricas alteraram a estratégia de marketing e decidiram ampliar o mercado de compradores das peruas.
Com design mais moderno e versões esportivas -caso da Palio Weekend- a perua deixa de ser apenas um tradicional carro da família. O consumidor mais jovem passou a ser o novo alvo das montadoras.
Pacifico Paoli, ex-superintendente da Fiat Automóveis, atualmente dono de concessionária em São Paulo, concorda. Diz que os novos modelos atraem casais jovens, sem filhos, para um produto antes mais procurado por famílias com pelo menos dois filhos.
Segundo Paoli, o venda de peruas cresce no mundo todo, principalmente na Europa. (APF)

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