São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997
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Brasileira liga Cunanan a Versace

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

O FBI (a polícia federal dos EUA), órgão que está conduzindo as investigações sobre o assassinato de Gianni Versace, mandou um agente a São Paulo para interrogar uma brasileira que seria amiga do estilista italiano.
A brasileira teria fotografias e um vídeo de Cunanan na casa de Versace. Depois de um telefonema de um advogado que a estava representando, o FBI manteve um primeiro contato com ela e, em seguida, enviou a São Paulo um agente com português fluente.
A família de Versace acha impossível a existência tanto das fotos quanto do vídeo, alegando que Cunanan não frequentava sua casa e que não fazia parte de seu grupo de amizades.
Nas festas em Ocean Drive, na mansão do estilista, celebridades como os cantores Sting, Elton John, Madonna e Jon Bon Jovi estavam frequentemente presentes.
As investigações
Desde 12 de junho, Andrew Cunanan, suspeito de ter matado Versace, aparece na lista dos dez fugitivos mais procurados pelo FBI.
Nos Estados Unidos, e principalmente no Estado da Flórida, cartazes com o rosto de Cunanan são vistos em todos os lugares. Em Miami, é difícil andar mais de 50 metros sem esbarrar com um deles.
No total, o FBI procura "com vontade" cerca de 5.000 fugitivos federais, mas os que fazem parte da lista dos dez mais sofrem uma perseguição implacável, como dizem os próprios funcionários da organização.
O caso de Cunanan, por exemplo, é considerado vital pelo FBI, devido à repercussão internacional que o caso está ganhando.
A possibilidade de que o suspeito tenha saído dos Estados Unidos não está completamente afastada pelo investigadores.
O medo de que Cunanan já tenha saído do país fez o FBI mandar cartazes com a fotografia do fugitivo para as polícias dos países europeus. Na Internet, seu rosto pode ser visto no site www.fbi.gov/mostwant/cuna.htm, parte da página do FBI.
Nos últimos dias, tem crescido a oferta de recompensas para quem indicar o local em que está Andrew Cunanan. Ontem à tarde, a soma das ofertas superava os US$ 100 mil. O prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, por exemplo, ofereceu US$ 10 mil.

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