São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997 |
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Curitiba luta para continuar como é
EDSON FRANCO
Seus jardins aparados com esmero lembram as mais bem cuidadas áreas verdes de Paris e Londres. A ordem e a altivez -que, por vezes, descamba para a arrogância- dos curitibanos revelam a ascendência alemã de boa parte deles. O arrojo na arquitetura e a farta distribuição de estátuas e monumentos aproximam a capital paranaense da espanhola Barcelona. Garotos cheirando cola no centro e favelas espalhadas pelos arredores trazem à memória, respectivamente, Amsterdã e Albânia. Curitiba continua sendo a capital nacional das idéias urbanísticas. Às conhecidas inovações no transporte, na área ambiental e na educação, a cidade agregou o quebra-molas digital, o cadastramento de catadores de papel e a troca do lixo reciclável por comida. Corrida de obstáculos Com a fama de cidade-modelo, a capital paranaense ainda comete pecados indignos de quem almeja tal título. Cartões-postais da cidade, como Ópera de Arame, Jardim Botânico e Memorial da Cidade, com suas escadas em forma de caracol, são uma corrida de obstáculos intransponíveis para deficientes. E a calmaria da cidade corre risco. Entre urbanistas, políticos e curiosos, o principal assunto hoje é o impacto e as consequências da chegada das montadoras Audi, Renault e Chrysler a Curitiba. Espera-se que os estudiosos responsáveis pela eficiência da cidade encontrem soluções para os problemas cosméticos, que já existem, e para os estruturais, que virão. Todo esforço é louvável para que Curitiba continue tão bela, tão acolhedora, tão européia. LEIA MAIS sobre Curitiba nas págs. 7-12 e 7-13 Texto Anterior: Bienal movimenta cidade Próximo Texto: Rua 24 Horas é 'point' local Índice |
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