São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 1997 |
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Jardim Botânico preserva verde à européia
EDSON FRANCO
Lotado nos finais de semana, o jardim foi fundado em 5 de outubro de 1991 e ocupa uma área de 178 mil m2. Na entrada, chamam a atenção os gramados meticulosamente aparados, o jardim geométrico e várias fontes. Esse é o caminho suave que leva até a estufa com diversas espécies vegetais brasileiras. Desta vez pertinente -diferentemente da Ópera de Arame-, a estrutura de ferro e vidro ajuda a conservar as plantas. O acervo vegetal pode ser visto ao nível do chão ou do alto de uma marquise com cerca de quatro metros de altura. Para ir à marquise, o visitante enfrenta uma estreita escada em forma de caracol. E as pessoas equilibram máquinas fotográficas e passam a uma distância quase obscena umas das outras. Árvores, plantas rasteiras e flores dão uma sensação de paz rapidamente interrompida pelo burburinho de adolescentes tentando acertar cusparadas num busto no andar inferior e pelos berros de guias reunindo grupos de turistas. Ao sair da estufa, um bosque nos fundos convida a uma caminhada em meio à mata nativa da região. Por fim, o Jardim Botânico abriga o Museu Botânico, com espaços para exposições, pesquisas, auditório e biblioteca. Mas boa parte dos visitantes está excluída do prazer de apreciar o museu, que insiste em manter as portas fechadas nos finais de semana. Mata E, se o seu negócio é verde, uma visita à Universidade Livre do Meio Ambiente pode ser um programa interessante. Inaugurado em 15 de junho de 1992, o prédio principal da universidade tem o mérito de quebrar a ditadura do ferro e vidro das obras públicas curitibanas. No lugar desses materiais entram os troncos de eucaliptos, usados no bloco central do prédio e nas rampas que o circundam. Procure fazer desse um de seus primeiros passeios do dia. Depois de bater muita perna, a bela vista do alto é insuficiente para derrotar a preguiça de escalar as rampas. Para quem ficou em terra, o espaço reserva um lago, passarelas e os 37 mil m2 de mata nativa do bosque Zaninelli. Jardim Botânico: av. Centenário, bairro Capanema Universidade Livre do Meio Ambiente: r. Vitor Benato, Pilarzinho Texto Anterior: 'Feirinha' estimula o consumo impulsivo Próximo Texto: Vá a Curitiba Índice |
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