São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997
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Fazenda melhora solo e amplia produção

DO ENVIADO ESPECIAL

Para sobreviver no setor citrícola, o produtor precisa investir no aumento da produtividade.
Quem explica é o produtor Georges Balech Júnior, 27, sócio-proprietário da fazenda Monte Cristo, em Mogi Guaçu (167 km a norte de São Paulo).
A família de Balech Júnior planta laranja há 27 anos em cinco fazendas da região. A Monte Cristo mantêm 250 mil pés em uma área de 470 ha e deve colher este ano 235 mil caixas de laranja.
A produtividade média dos pomares da fazenda varia entre 2,8 e 3 caixas por pé de laranja, bem acima da média paulista nesta safra, de 1,9 caixa/pé.
Na safra passada, a Monte Cristo colheu 197 mil caixas de 200 mil pés plantados em 390 ha.
Pelo menos 97% de toda a sua produção este ano será destinada para a indústria de suco. O restante vai para o mercado interno.
"Com a indústria não tenho problemas para receber", diz.
Engenheiro agrônomo, Balech Júnior afirma que um dos segredos para continuar na citricultura é investir em tecnologia.
Este ano, a fazenda adotou o nabo forrageiro para melhorar a estrutura do solo durante o inverno, pois fornece potássio, nitrogênio e matéria orgânica.
Antes de adubar o solo, a Monte Cristo analisa a terra para averiguar a necessidade de calcário. Após a calagem, faz uma nova análise do solo para então programar a adubação.
O proprietário da Monte Cristo afirma que o custo de produção da caixa de laranja, entre R$ 1,20 e R$ 1,30, varia de acordo com a produtividade.
"O preço pago pela indústria não está bom, mas já esteve pior."
Ele também concorda que este ano o clima favoreceu o amadurecimento dos pomares.
"A laranja vai render mais suco e haverá também frutas de melhor qualidade no mercado interno."

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