São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997
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Estado de calamidade pode ser decretado

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A decretação de estado de calamidade pública em Alagoas é uma das hipóteses que estão sendo estudadas pelo governo federal para facilitar a ajuda para aquele Estado, segundo o porta-voz da Presidência da República, Sergio Amaral.
"O governo está estudando essa hipótese ou outras que facilitem a ajuda que o governo federal está dando e continuará a dar a Alagoas, desde que o Estado cumpra sua parte", afirmou.
Cumprir sua parte significa o saneamento das finanças do Estado, "particularmente no que diz respeito aos compromissos assumidos com o governo federal", disse.
"Só assim será possível o Estado sair da situação difícil em que se encontra. Cumprir sua parte não apenas o Executivo, mas também o Legislativo e o Judiciário."
Amaral disse que existem entendimentos em curso entre o governo federal e Alagoas sobre uma série de pontos, inclusive sobre a formação do secretariado do Estado, "que é responsabilidade do governador".
O porta-voz da Presidência afirmou que o Estado de Alagoas não está sendo alvo de nenhum privilégio.
"O governo tem prestado ajuda a vários Estados que estão fazendo ajustamento financeiro. Antecipação de recurso para privatização não é privilégio, outros que precisem poderão solicitar porque essa é uma medida que ajuda o saneamento financeiro."
Dinheiro federal
O governo federal só deve liberar dentro de dez dias a primeira parcela da ajuda financeira que promete dar à Alagoas, para conter a crise no Estado agravada pela greve da PM (Polícia Militar).
Antes disso, a área econômica quer assegurar o apoio do Tribunal de Justiça, da Assembléia Legislativa do Estado e das prefeituras ao protocolo do acordo a ser firmado entre os governos federal e estadual.
Em acordo fechado no ano passado, prevendo cortes de despesas nos três Poderes locais, o Tribunal de Justiça ameaçou, na última hora, não assiná-lo.
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente, está em contato permanente com o Palácio do Planalto e o Ministério da Justiça para definir a liberação emergencial da primeira parcela da verba federal.

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