São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997![]() |
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Após passeata, governo reabre diálogo
RUBENS VALENTE
Anteontem, o governo disse que só negociaria com o fim do movimento, iniciado na última sexta. O comandante-geral da PM, Francisco Libório Silveira, intermediou ontem reunião entre representantes da PM e do governo. Foi marcado novo encontro para as 9h de hoje. Após a reunião, vai haver uma assembléia, que pode pôr fim à paralisação. Os PMs, que exigiam um piso de R$ 750 para soldados, baixaram a reivindicação para R$ 600. Eles pedem um aumento imediato de R$ 282, no auxílio-alimentação. O presidente do Clube dos Oficiais, major Marmo Vieira de Arruda, disse que parte dos 300 oficiais no Estado aderiu à greve, mas não houve decisão em assembléia. O comando de greve estima uma adesão de 80% de cabos e soldados no Estado. A segurança da Governadoria, sede do governo estadual, foi reforçada com cerca de 300 soldados do Exército, mas a passeata não passou em frente ao prédio, para evitar um confronto. Os PMs aquartelaram-se na sede do Comando-Geral da corporação, a cerca de 500 m da Governadoria. A passeata começou por volta das 11h, na praça Ary Coelho, e terminou às 14h. Pelo menos 12 ônibus trouxeram policiais das cidades de Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Coxim, Jardim e Naviraí, entre outras. Antes de começar a caminhada de cerca de 10 km, os PMs deram-se as mãos e rezaram. No caminho, algumas pessoas aplaudiram os policiais e outras jogaram papel picado de um edifício. Nas palavras de ordem, os manifestantes pediram o pagamento de salários em dia -a folha de junho só foi quitada no último dia 18 e a primeira parcela de maio só deve sair no próximo dia 31- e criticaram a gestão do governador Wilson Barbosa Martins (PMDB). Os PMs entraram no Comando-Geral de braços cruzados e cantaram o hino da Polícia Militar. Texto Anterior: PM retoma negociações Próximo Texto: Polícia Civil acaba a greve Índice |
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