São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997
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PM retoma negociações

FÁBIO GUIBU
LUIZ FRANCISCO

FÁBIO GUIBU; LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

Policiais militares em greve retomaram ontem às 20h as negociações com o governo de Pernambuco para tentar encerrar a paralisação que entra hoje em seu sétimo dia.
O governo aceitou a contraproposta dos policiais para a reabertura das conversações e convidou os líderes do movimento a discutir as reivindicações dos grevistas.
Segundo a Associação dos Cabos e Soldados, a paralisação será mantida enquanto o governo não mudar sua proposta, que prevê a elevação do soldo, de R$ 74,21 para R$ 84,21. Os policiais querem piso de R$ 130.
Os grevistas exigem ainda negociação conjunta com a Polícia Civil, que também está parada. O governo não concorda, sob alegação de que as situações são distintas.
Durante todo o dia, cerca de mil PMs, segundo os organizadores, permaneceram em frente à Assembléia Legislativa, aguardando o resultado das tentativas de negociação.
Eles foram dispensados às 19h30 e deverão retornar hoje, para conhecer o resultado da reunião entre governo e grevistas. Eventual acordo, informou a associação, só ocorreria com aval da categoria.
Os grevistas elaboraram uma contraproposta que previa, entre seis itens, o recolhimento de cadáveres e a colocação em circulação de dez carros de polícia na região metropolitana de Recife -quase quatro vezes menos que o número de veículos nas ruas em dias sem greve.
Para isso, utilizariam cerca de 50 homens, um terço do efetivo de cadetes mobilizados ontem pelo comando-geral da PM para o patrulhamento da cidade.
A volta das negociações foi definida três horas depois de uma reunião do governador Miguel Arraes (PSB) com dois secretários, Roberto Franca (Justiça) e Dilton da Conte (Administração), o presidente do Tribunal de Justiça, Valdemir Lins, e o procurador José Tavares.
O secretário da Justiça, Roberto Franca, disse que o governo pernambucano estava disposto a abrir um canal de negociação com os grevistas.

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