São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997
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PMDB ameaça deixar governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A crítica do ministro Sérgio Motta (Comunicações) às recentes nomeações de dois políticos do PMDB para o governo provocaram uma crise no partido.
No início da tarde, o ministro Iris Rezende (Justiça) afirmou que a declaração de Motta havia criado "desconforto" para o PMDB.
Rezende chegou a sinalizar a possibilidade de ruptura com o governo. Segundo ele, a permanência dependeria "da avaliação que o partido está fazendo".
Indiretamente, ele cobrou do Planalto um posicionamento público sobre a questão. "No regime presidencialista, a competência para avaliar ministros é exclusiva do presidente da República".
No final da tarde, amenizou o tom de crítica, dizendo estar seguro de que as declarações não representariam o pensamento de FHC.
Motta afirmou, em entrevista, que foram "decepcionantes" as duas nomeações recentes de ministros do PMDB -Eliseu Padilha, para os Transportes, e Iris Rezende, para a Justiça.
Padilha afirmou ontem que a responsabilidade sobre a nomeação do chefe do DNER de Minas, também criticada por Motta, é do Palácio do Planalto.
"Não participei das negociações. Isso foi acertado entre a bancada mineira, o líder do PMDB (Geddel Vieira Lima) e o Palácio do Planalto", disse o ministro.
Indagado se vai atender a sugestão de Motta e demitir o chefe do DNER, Padilha respondeu: "Para desfazer, tem que ser quem fez".

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