São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997
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Sindicatos tentam salvar Grupo Kia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Sindicatos sul-coreanos decidiram criar um pacote de emergência para tentar evitar o colapso do Grupo Kia, oitavo conglomerado industrial da Coréia do Sul.
Afirmando que a empresa precisa de uma "transfusão de sangue", trabalhadores sindicalizados da Kia concordaram em deixar de receber gratificações a que têm direito até que a situação melhore. Alguns abriram mão dos salários.
Além disso, os sindicatos decidiram emprestar à empresa US$ 2,1 milhões, retirados do fundo de reserva, e prometem fazer uma campanha para ajudar os fornecedores da Kia.
O atual clima de cooperação contrasta com a atitude anterior dos sindicatos. Desde dezembro, eles vinham promovendo uma série de movimentos grevistas para protestar contra projeto de lei do governo, que facilitava a demissão de funcionários.
Liquidação
A venda de veículos da Kia Motors, a principal empresa do grupo, cresceu ontem depois que a montadora anunciou desconto de 29,9% no preço dos carros.
No início da tarde, o volume de vendas já havia atingido 8.494 unidades. A Kia vende normalmente 6.200 carros por dia.
A Asia Motors, subsidiária da Kia, também deu descontos e registrou alta de vendas. Parte dos empregados da Asia Motors concordou em não receber o salário de julho, que deveria ser pago ontem.
Um grupo autodenominado "Movimento Popular para Salvar o Grupo Kia" lançou uma campanha para ajudar a empresa. Propõe que o público faça mais depósitos no Korea First Bank, maior credor da Kia, e compre mais carros da empresa. Analistas dizem que as ações não são suficientes para salvar o Grupo Kia, que tem dívida estimada em US$ 10,7 bilhões.

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