São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997
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Faturamento da Siemens é recorde

Grupo chega aos US$ 2 bi no Brasil

ANTONIO CARLOS SEIDL
ENVIADO ESPECIAL A BERLIM

O presidente mundial da Siemens, Heinrich von Pierer, disse ontem que o faturamento do grupo alemão no Brasil vai bater um recorde este ano, ultrapassando, pela primeira vez, a marca de US$ 2 bilhões (US$ 1,3 bilhão em 96).
Com a entrada de novos pedidos, de cerca de US$ 1,8 bilhão, de outubro de 96 até 30 de junho, o Brasil já é o segundo maior mercado da Siemens, indústria de equipamentos de energia, telecomunicações, transportes e informática nas Américas, depois dos EUA.
Heinrich von Pierer afirmou que a principal razão para esse resultado histórico é o crescimento de 60%, nos nove primeiros meses do corrente ano fiscal, das vendas do grupo no setor de telecomunicações, no qual é representado pela empresa coligada Equitel.
Ele fez essas declarações ao divulgar, ontem em Berlim, os resultados do grupo alemão nos nove primeiros meses do ano fiscal 96/97, que se encerra em 30 de setembro deste ano.
Para ele, o avanço dos negócios do grupo no Brasil é um reflexo da estabilização política e econômica do país. O executivo alemão disse que o exemplo mais recente disso foi a assinatura, há dez dias, de um contrato de US$ 300 milhões entre a Siemens e a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) para o fornecimento para a ex-estatal de uma usina de energia termoelétrica, a ser instalada em Volta Redonda.
Von Pierer disse que a Siemens espera tirar pleno partido do programa de privatização brasileiro, mas apenas como fornecedora de equipamentos de energia (geração, transmissão e distribuição) e de telecomunicações.
Ele disse que a entrada de novos pedidos para o setor de energia vai crescer 30% este ano, em comparação com o ano passado, representando cerca de US$ 1,6 bilhão.
Para atender o novo ciclo de investimentos no Brasil, gerado pelas privatizações, nas áreas de telecomunicações e energia elétrica, a Siemens, disse von Pierer, vai fazer novos investimentos de modernização de suas fábricas no país, cujos valores devem ficar próximos, ou ligeiramente acima, da média dos últimos dois anos, de US$ 33 milhões.
O lucro líquido da Siemens mundial nos nove primeiros meses do corrente ano fiscal foi de US$ 940 milhões, representando um aumento de 3% em comparação a igual período anterior.

O jornalista ANTONIO CARLOS SEIDL viajou à Alemanha a convite da Siemens.

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