São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997
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Pivô vale 4 Ronaldinhos

MELCHIADES FILHO
EDITOR DE ESPORTE

Se você quer ter uma noção do tamanho de Shaquille O'Neal, faça o teste com um tênis velho.
Pois cada calçado do pivô, número 56, tem capacidade para 1,35 litro e está protegido por 180 centímetros de cadarço.
Essa superioridade física, 2,16 m de altura e 140 kg nos dias magros, deixou-o à vontade para tomar a principal liga de basquete do mundo, a norte-americana NBA.
Aos 25 anos, é apontado como o segundo jogador mais importante do campeonato. Fica atrás apenas de Michael Jordan, considerado o melhor de todos os tempos.
Em cinco temporadas como profissional, O'Neal ostenta excelentes médias de 27,0 pontos e 12,5 rebotes por partida -a soma, 39,5, é a mais alta entre cerca de 600 jogadores nesse período.
O gigante, porém, ainda não conquistou a unanimidade. Seus críticos acham-no unidimensional porque abusa das enterradas, lance em que a bola é cravada na cesta -elas significam quase 30% de seus pontos.
A inclusão do pivô na relação dos 50 melhores jogadores da história do basquete profissional americano, anunciada pela NBA em sua festa de bodas de ouro, jogou mais lenha nessa fogueira. Como premiar um atleta que nunca botou as mãos em uma taça (falhou na única vez que chegou às finais da liga, em 95)?
Mas, se nas quadras se debate a relevância histórica de O'Neal, fora delas não há dúvidas. O pivô tornou-se o primeiro atleta a fechar um contrato salarial superior a US$ 100 milhões.
Mais precisamente, assegurou US$ 114 milhões no ano passado, quando trocou o sol da Flórida, onde atuava no Orlando Magic, pelo da Califórnia, seduzido pelo Los Angeles Lakers.
O valor será pago em sete anos e representa quase quatro vezes o recente acerto do atacante brasileiro Ronaldinho com a Internazionale de Milão.

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