São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 1997 |
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Unionista radical abandona negociação de paz em Belfast Sinn Fein manda representante à reunião PAULO HENRIQUE BRAGA
Robert McCartney, chefe do Partido Unionista do Reino Unido, acusou o governo britânico de "sujeição ao terrorismo". A saída foi uma reação à participação, após a trégua decretada no sábado pelo IRA, de uma delegação do Sinn Fein nas negociações que ocorrem em Belfast. Um dos delegados, Gerry Kelly, foi condenado em 1972 por terrorismo. O principal líder dos unionistas, David Trimble, disse considerar inaceitáveis as condições oferecidas pelo governo britânico para o desarmamento dos guerrilheiros do Exército Republicano Irlandês. Trimble, líder do Partido Unionista do Ulster, se reuniu ontem em Londres com o premiê do Reino Unido, Tony Blair. Pela manhã, ele acusou o governo de ter feito um acordo secreto com o IRA para abrir caminho para a decretação do cessar-fogo. Se o encontro não teve resultados conclusivos, ao menos ficou afastada, por enquanto, a possibilidade de o principal grupo protestante boicotar as negociações. O projeto para permitir que o IRA seja admitido nas negociações de paz para a Irlanda do Norte, com a entrega de armas ocorrendo de acordo com o progresso do diálogo, vai amanhã ao Parlamento. A ministra do governo britânico para a Irlanda do Norte, Marjorie Mowlam, saiu da reunião dizendo que a conversa havia sido "construtiva". Trimble afirmou que o encontro abriu "possibilidade de progressos". Texto Anterior: Condenados etarras por tramar morte do rei Próximo Texto: Ex-ditador comunista da Bulgária ataca o marxismo Índice |
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