São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 1997
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Policiais suspendem paralisação de 5 dias

RUBENS VALENTE
WAGNER OLIVEIRA

RUBENS VALENTE; WAGNER OLIVEIRA; JOANICE PIERINI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

Assembléia de cerca de 500 policiais militares aprovou ontem em Campo Grande o fim da paralisação da Polícia Militar no Mato Grosso do Sul. A greve dos PMs durava cinco dias.
Os policiais aceitaram a proposta do governo do Estado, que elevou o piso do soldado de R$ 318 para R$ 408, em agosto, e R$ 500, em setembro. Eles reivindicavam piso de R$ 600 para o mês de agosto.
Com o reajuste, o gasto do governo com salários da PM passa de R$ 3,07 milhões para R$ 4,08 milhões, incluindo bombeiros e policiais florestais.
O policiamento de trânsito de Campo Grande voltaria ainda ontem ao trabalho, e o restante do efetivo, hoje.
O Exército manterá a segurança da Governadoria, sede do governo estadual, até a manhã de hoje.
A seção de Relações Públicas do CMO (Comando Militar d'Oeste) informou que a saída do Exército dos locais que ocupava, como 28 cadeias do interior do Estado, ocorrerá "na medida do possível".
O presidente da Associação de Cabos e Soldados, José Florêncio de Melo Irmão, 35, disse que a categoria continuará "em estado de greve" até que seja aprovado pela Assembléia Legislativa projeto que deve alterar a atual lei da remuneração do servidor militar.
O reajuste, de 63%, não alterou o soldo, de R$ 29,80, uma das reivindicações dos policiais.
Mato Grosso
Os PMs de Mato Grosso, em greve parcial desde quinta-feira, realizam hoje assembléia para definir qual será a estratégia da categoria diante da falta de acordo com o governo. Ontem, o comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, general José Batista de Queiroz, recebeu do Comando Militar do Oeste autorização para empregar forças militares na guarda de prédios públicos.

Colaborou Joanice Pierini, free-lance para a Agência Folha, em Cuiabá

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