São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 1997
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PMs cancelam greve marcada para hoje

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Os policiais militares gaúchos recuaram de decisão tomada na semana passada e decidiram ontem que não haverá aquartelamento nem greve a partir da 0h de hoje.
Não havendo uma nova proposta que satisfaça os PMs, haverá "assembléia permanente para manter a unidade da categoria".
Os policiais civis, porém, mantiveram a decisão tomada na semana passada de entrar em greve a partir de 0h, se o governo não fizesse uma proposta.
No meio da tarde de ontem, surgiu a informação de que o governo enviaria, em poucas horas, novas propostas aos servidores da segurança pública.
Deputados se reuniram com o governador e pediram aumento dos índices divulgados no início da semana. Até o início da noite, a proposta não havia sido enviada para a Assembléia Legislativa.
Soldados, cabos, sargentos, subtenentes e oficiais subalternos da Brigada Militar (a PM gaúcha) manifestaram em nota o "repúdio" à proposta de abono enviada pelo governo no início da semana.
"Roga-se aos detentores dos poderes constituídos para que cumpram e façam cumprir o mandamento normativo outorgado pela Assembléia Legislativa", diz a nota, referindo-se à lei de política salarial de autoria do Executivo.
Os policiais militares, que, assim como os civis, querem 222% do risco de vida em regime emergencial (ganham, hoje, 100%), propuseram ao governo que o índice seja desdobrado em cinco parcelas mensais até novembro.
Seriam pagos, de acordo com a proposta assinada pelas entidades representativas da categoria e enviada ao governo, 20% em julho e 16,6% nos meses de agosto, setembro, outubro e novembro.
A proposta enviada pelo governo à Assembléia Legislativa no início da semana é de abono de R$ 100 aos soldados (R$ 80 imediatamente e R$ 20 em maio de 98). A transformação dos valores em risco de vida ocorreria só em junho de 98.

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