São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 1997
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CVM descarta manipulação nas Bolsas

FREE-LANCE PARA A FOLHA

A oscilação das Bolsas de Valores do Rio e de São Paulo na semana passada não foi causada por manipulação de investidores, segundo investigação feita até ontem pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A investigação continua, mas segundo o presidente da CVM, Francisco da Costa e Silva, a análise feita até agora demonstra que não houve índice de concentração relevante que permitisse suspeitar de algum grupo de investidores ou mesmo de um só.
Para chegar a esse resultado, Silva disse que a primeira preocupação da CVM foi analisar as posições dos dez principais compradores e vendedores de ações no pregão das Bolsas, no período de 11 a 19 deste mês.
"A CVM procurou saber, de forma absolutamente impessoal e neutra, quem comprou e quem vendeu para verificar se esses índices de concentração poderiam mostrar algum sintoma de que alguém, com posições muito grandes, vendendo muito fortemente, quisesse derrubar o mercado."
O comportamento considerado atípico do mercado somente pode ser explicado, segundo o presidente da CVM, pelas expectativas dos investidores, "que foram muito fortes, tanto para comprar quanto para vender".
Entre as possíveis expectativas, Silva listou os últimos acontecimentos nos mercados asiático.
A investigação continuará e, de acordo com Silva, qualquer irregularidade será punida pela Lei 9.457, implementada depois da Lei das Sociedades Anônimas.
O infrator, antes multado em 3.460 Ufir (Unidade Fiscal de Referência), será agora punido em até R$ 500 mil. O investidor pode ser multado em até 50% do valor da emissão ou operação irregular.

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