São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 1997 |
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Sommer é difusor da moda jovem
ERIKA PALOMINO
Cortinas abertas: uma simpática e desafinada bandinha, sentada ao fundo da passarela, interpretava hits da fanfarra como "Oh, Suzanna" e músicas do musical "Cats", por exemplo, conquistando de saída o público do evento. A batalha já estava ganha. Revelado no Phytoervas Fashion, com loja nos Jardins e seleta clientela de descolados, artistas e fashionistas, Sommer é dono de um streetwear informado e comercial. Atingir uma mídia maior era questão de tempo. Portanto, Sommer trabalhou sobre itens clássicos do vestuário e de seu próprio estilo e, sabiamente, misturou modelos de verdade a seu tradicional casting de "amigos do Sommer". A coleção é uma delícia. Fashion, usável, comercial, jovem e inteligente. Um dos pontos de partida são os looks havaianos, que chegam em camisas estampadas que já nascem hits. Idem para as estampas de coqueiro das meias. O referencial esportivo também é importante. Está nas camisas tipo futebol com o (adorável) logo da marca, o disco voador e nos agasalhos, que recuperam também o plush (atoalhado). As meninas recebem especial atenção nesta temporada de Sommer, mostrando como é que o conceito de streetwear chega para a moda feminina. As saias são pelo meio da perna, muitas vezes plissadas, usadas com tênis grande, sem meia, levemente armadas. Têm a estrutura "careta", convencional, mas ganham nos detalhes e tecidos: listrinhas, tricô, delicados bordados, rendinhas. As garotas de Sommer lembram até a moda das "crentes" -como na sensacional entrada das gêmeas. Aparentemente comportadas, as peças femininas são modernas e recebem a personalidade de quem as usa. Como toda a coleção de Sommer, aliás, que avança como criador e difusor de novas informações de moda. Texto Anterior: Desfiles do dia Próximo Texto: bastidores Índice |
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