São Paulo, quarta-feira, 23 de julho de 1997
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bastidores

Para reclamar dos absurdos atrasos dos desfiles do MorumbiFashion, que estão batendo uma hora e meia mesmo nos primeiros do dia, o público inventou duas formas de reclamação. Uma são palminhas nervosas, tipo teatro, a outra é o hit da temporada: Ah, eu tô passada!

A água Evian volta às passarelas. A Viva Vida distribuiu uma garrafinha para as primeiras filas.

A iluminação com canhão usada no desfile da Gucci é o grande recurso da temporada.

Em vez de emitir apenas flashes em silêncio, so fotógrafos passaram a manifestar verbalmente sua opiniões sobre o corpo das modelos, na Rosa Chá, com gritos de "Gostosa!", "Volta, volta!" e ruidosos assovios tipo "Fiu-fiu". No ranking das que tinham a "melhor pegadinha na cintura", no pivô, estavam Cássia Ávila, Fabiana Saba, Ira Barbieri e Fernanda Mello, nessa ordem. Do meio para o fim do desfile, as meninas, que também se divertiam muito, passaram a provocar mais ainda.

Em São Paulo para o Morumbi Fashion Brasil, as jornalistas de moda Graciela Gaviglio, da Argentina, e Olga Araya, do Chile, ficaram impressionadas com a dimensão do evento. Graciela trabalha no Fashion Network (um canal a cabo que transmite 24 horas de moda por dia), e Olga no El Mercurio, o maior jornal do Chile, com tiragem de 400 mil exemplares no fim de semana. Graciela citou como preferidos os trabalhos de Lino Villaventura, Renato Loureiro e Fause Haten. "Brasil, para a gente, é Rio, e Rio é mulher opulenta, com forma. As meninas que desfilaram são muito magras. Acho que a brasileira possui personalidade para ter o corpo que quiser." Já Olga Araya, do Chile, que já vem pela segunda vez ao Morumbi Fashion, também elogiou o trabalho de Villaventura e disse que percebeu nele influências de Galliano e Vivienne Westwood. "Mas com a criatividade própria."

Outro hit da temporada são modelos sentando os convidados. Daniel Porto e Hugo Rocha estavam entre os lindos que ajudavam com lanterninhas na escuridão (intencional) da sala da Patachou. Flavio Zulques e Sandro Pereira encarnaram os surfistas que, de calção e colares de havaianas, enfeitavam a entrada de Fause Haten. Os chiques colares, de orquídeas de verdade, eram o toque sofisticado da ambientação.

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