São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997
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FHC elogia 'empenho' de ACM no Congresso

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou a cerimônia de sanção da lei que cria o Fundo de Aposentadoria Programada Individual para elogiar o trabalho do Congresso na convocação extraordinária e, especialmente, o empenho do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que estava ao seu lado.
"Eu queria aproveitar (a cerimônia) para agradecer o empenho do Senado e do senador Antonio Carlos Magalhães, que presidiu as sessões, todas, com muito empenho", disse o presidente.
FHC chamou os jornalistas que fazem a cobertura diária no Palácio do Planalto ao seu gabinete -inicialmente a cerimônia de sanção seria um evento aberto somente para fotografias- e só começou a falar depois que os gravadores foram ligados.
Em seu curto discurso, de pouco mais de dois minutos, Fernando Henrique citou por mais duas vezes os trabalhos "significativos" dos deputados e senadores.
Mas, ao contrário do que fez com ACM, não nominou o presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP) -que não estava na cerimônia.
"Ao sancionar essa lei, gostaria de aproveitar para agradecer ao Congresso Nacional o apoio das lideranças do Congresso, ao presidente do Senado e da Câmara e a todos que nos ajudaram a avançar mais pelas transformações do Brasil", disse FHC, em referência aos projetos aprovados durante a convocação extraordinária.
Os novos elogios de FHC ocorreram um dia após ele ter feito um pronunciamento, por pressão do PFL e do PMDB, para criticar declarações do ministro Sérgio Motta (Comunicações) e elogiar a atuação de ministros e líderes dos dois partidos.
Antonio Carlos Magalhães foi um dos principais articuladores do pronunciamento.
Férias
FHC resolveu tirar uma semana de férias após quatro dias de crise política causada pelas declarações de Motta e em meio a protestos de policiais civis e militares no país.
As férias do presidente coincidem com a semana de folga que o Congresso vai ter após a convocação extraordinária.
FHC resolveu que, da Bolívia, onde estará hoje de manhã assinando o contrato para a construção de um gasoduto, segue para São Paulo e depois para Campos do Jordão, Ibiúna, Vitória e Rio.
O retorno a Brasília está previsto para o sábado ou domingo seguintes (2 ou 3 de agosto). Até ontem, não havia sido decidida a data exata do seu retorno.
"Não são férias, porque ele não vai estar num lugar só para descansar. Mas não acho problema nenhum ele descansar uns dias", afirmou o porta-voz da Presidência da República, Sergio Amaral.

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