São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Polícia Civil decide hoje sobre greve
DA REPORTAGEM LOCAL Policiais Civis de São Paulo decidem hoje se entram em greve por melhores salários. A assembléia da categoria terá início às 14h, no Palácio do Trabalhador, na Liberdade (centro de São Paulo).O presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo, Paulo Roberto Siquetto, disse ontem que a ligação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) ao processo reivindicatório da Polícia Civil atribuiu "conotação política", o que, segundo ele, poderá influenciar negativamente a assembléia de hoje. Na última segunda-feira, cerca de 800 policiais civis foram ao Palácio dos Bandeirantes protestar contra os reajustes propostos pelo governador Mário Covas. Eles receberam apoio do líder do MST José Rainha Jr., além da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da Força Sindical. "A nossa reivindicação é simplesmente salarial, não política. A vinculação da passeata dos policiais civis ao MST pode ser negativa, acabando por esvaziar a idéia de greve", afirmou Siquetto. Após o fracasso da negociação com o governo, os policiais civis decidiram entrar em greve, que precisará ser confirmada hoje. Reivindicações Eles reivindicam reajuste salarial maior que o proposto pelo governo: entre 5,1% e 34%. O governo publica hoje no "Diário Oficial" decreto do governador determinando os aumentos, na forma de um adiantamento. Com isso, os contracheques dos policiais civis e militares de agosto já virão com os novos reajustes. Para a PM, Covas determinou aumentos entre 8,5% e 34%. O decreto foi a forma de não ter de esperar o retorno do recesso dos deputados estaduais, que deverão votar projeto de lei de Covas sobre os aumentos dos policiais. Além disso, os policiais poderão sentir logo os efeitos do reajuste. "Antes da greve, temos de convencer os deputados a votar contra o projeto do governo", afirmou Siquetto. Anteontem, após reunião de mais de quatro horas, lideranças da Polícia Civil de São Paulo saíram divididas sobre a greve. Texto Anterior: Governo vai por 6.000 policiais nas ruas Próximo Texto: Rainha quer melhor relação com os PMs Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |