São Paulo, sábado, 26 de julho de 1997
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Promotor quer blitz em lixo hospitalar

Estabelecimentos estão misturando resíduos

DA REPORTAGEM LOCAL

A Promotoria do Meio Ambiente, em conjunto com o Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana), pretende iniciar uma série de blitze para fiscalizar o lixo de hospitais, clínicas e farmácias de São Paulo.
As metas são vistoriar a colocação de resíduos em embalagens apropriadas e evitar que os estabelecimentos misturem lixo orgânico com o hospitalar.
A mistura pode causar contaminação nos aterros sanitários, onde os resíduos domésticos são depositados, atingindo o lençol freático.
O promotor de Justiça do Meio Ambiente, Daniel Fink, disse que está aguardando uma representação do Limpurb com o relato de todas as infrações registradas para marcar uma reunião, visando discutir as vistorias.
Fink afirmou que os responsáveis pelos locais infratores podem ser processados.
O diretor do departamento técnico do Limpurb, Carlos Alberto Venturelli, disse que alguns estabelecimentos não estão adotando as providências necessárias no tratamento do lixo hospitalar.
"Eles misturam seringas, agulhas e outros materiais com o lixo orgânico. Com isso, os resíduos acabam sendo encaminhado para aterros, enquanto o correto seria a incineração."
O diretor também aponta o risco de acidentes com os garis (trabalhadores que fazem a coleta).
O departamento registrou 21 acidentes entre 95 e maio de 97. Trabalham na coleta 43 garis.
No início do ano, um hospital e uma clínica foram multados por manter lixo fora da normas.
A assessoria do Sindhosp (sindicato representante dos hospitais e clínicas) informou que este tipo de serviço é responsabilidade de cada estabelecimento e eles devem respeitar a legislação.

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