São Paulo, sábado, 26 de julho de 1997 |
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Estivadores preparam reação à Cosipa por causa de dispensa Empresa diz que só usará mão-de-obra própria em terminal FAUSTO SIQUEIRA
A Cosipa anunciou que no próximo dia 4 deixará de contratar os avulsos (trabalhadores do porto sem vínculo empregatício, dos quais os estivadores são maioria) para executar o trabalho de embarque e desembarque de cargas. Só até dia 3 A empresa informou que, até o dia 3, manterá o sistema de operação compartilhada dos navios -um por pessoal próprio da Cosipa e outro por avulsos-, resultado de um acordo firmado em abril com o sindicato. A Cosipa (Companhia Siderúrgica Paulista) argumenta, com base em levantamento realizado entre 15 de abril e 31 de maio, que o custo da mão-de-obra dos estivadores é, em média, 88% mais caro do que o do pessoal contratado pela empresa. Em abril, quando a Cosipa decidiu pela primeira vez dispensar os avulsos, houve greve, ocupação de dois navios por 13 dias pelos trabalhadores e distúrbios na porta da fábrica. "É imprevisível a reação da categoria se a Cosipa persistir com essa posição. A gente teme uma reação muito pior do que o que aconteceu em abril", disse o secretário do Sindicato dos Estivadores, José Soares Menezes. Terminal A empresa decidiu operar com pessoal próprio com base na portaria 94/95 do Ministério dos Transportes. Essa portaria excluiu o terminal privativo da empresa da área do chamado porto organizado de Santos, onde a utilização de mão-de-obra avulsa é obrigatória. Pelo terminal, a empresa recebe minério de ferro, carvão e matérias-primas destinadas à produção de aço e exporta laminados de aço e produtos siderúrgicos produzidos na usina. Texto Anterior: Livro retrata trajetória kafkiana da CST Próximo Texto: Navios foram invadidos Índice |
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