São Paulo, sábado, 26 de julho de 1997 |
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Estados Unidos reiniciam debate País quer que acordos sejam superados CLÓVIS ROSSI
O documento previamente elaborado para a reunião de Minas dizia que o Mercosul e demais acordos do gênero coexistiriam com a Alca. Mas, quando chegou Charlene Barshefsky, chefe da missão norte-americana e do USTr, o texto preliminar foi por ela desautorizado. Barshefsky sugeriu pura e simplesmente que esse trecho do documento fosse "deletado", utilizando expressão de informática que significa "apagar". Foi necessária uma longa negociação para que Barshefsky aceitasse uma nova redação pela qual se diz que tais blocos "podem coexistir" com a Alca, desde que suas regras sejam mais amplas do que a da própria Alca. É uma redação obviamente sujeita a interpretações. Para o Itamaraty, o texto garante a sobrevivência do Mercosul, por ser uma união aduaneira, embora incompleta, mais ampla do que uma zona de livre comércio, como a Alca. Zona de livre comércio pressupõe a redução, até zerá-las, das tarifas de importação para os demais países-membros. Já união aduaneira significa que, além desse aspecto, os países que a compõem criam uma tarifa comum para importações dos países não-membros. Como Lang reclama, agora, também da tarifa externa comum do Mercosul, reabre-se uma questão que fora mal digerida em Belo Horizonte. (CR) Texto Anterior: EUA querem diluir Mercosul na Alca Próximo Texto: Brasil prepara ação contra os EUA na OMC Índice |
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