São Paulo, sábado, 26 de julho de 1997 |
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Racionais e Pífanos encerram evento
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Hoje e amanhã, fechando o ciclo de eventos, haverá mais de 20 atrações, do heavy metal do Dorsal Atlântica ao regionalismo da Banda de Pífanos de Caruaru, passando pelo rap dos Racionais e a MPB de Leny Andrade. Segundo os cálculos da Fundação Cultural do Distrito Federal, que organiza o evento, cerca de 80 mil pessoas terão assistido os espetáculos. Essa é a quarta edição do Temporadas Populares, que começou em janeiro do ano passado e tem ocorrido duas vezes por ano. Nesta edição, o evento reuniu artistas como Zizi Possi, João Bosco, Alceu Valença, Tom Zé, Zeca Baleiro, Virgínia Rodrigues, Hermeto Pascoal, Francis Hime, Pato Fu, Karnak, Planet Hemp, Leila Pinheiro, Ira!, Odair José e Gaúcho da Fronteira. "Uma das características do Temporadas Populares é vincular a produção local à produção nacional. Em todos os shows, um artista de Brasília abre para um artista de fora", explica Nilson Rodrigues, diretor da Fundação Cultural do Distrito Federal. A um custo de R$ 600 mil, foram oferecidas 154 apresentações artísticas, entre 3 e 27 de julho. Os ingressos variavam de R$ 3 a R$ 8 -estudantes pagavam meia. Alguns eventos foram gratuitos, normalmente quando organizados em feiras livres. "Gente que nunca foi ao teatro está indo pela primeira vez. Isso ajuda também a popularizar os espaços", diz Rodrigues. Vanguarda Uma das metas do evento é trazer para Brasília artistas de referência, como, é o caso, nesta edição, por exemplo, de Tom Zé, que, anteontem, lotou o Teatro dos Bancários. "Nós valorizamos a vanguarda. Procuramos dar espaço para uma produção artística de qualidade que não tem inserção mercadológica", diz Rodrigues. Nas edições anteriores, por exemplo, se apresentaram Jorge Mautner e Arrigo Barnabé, nomes que dividiram atenção do evento com artistas como Nélson Gonçalves e Cauby Peixoto. Para as próximas edições do Temporadas Populares, Rodrigues sonha em trazer Milton Nascimento, Chico Buarque, Rita Lee e alguns nomes internacionais. Recusas É claro que há o risco de negativas. Como o ingresso é barato, os cachês não podem ser muito altos. Segundo Rodrigues, alguns artistas não aceitaram participar do Temporadas Populares. "Quando não se fala diretamente com os artistas, fica mais difícil. A Cássia Eller e a Zélia Duncan, por exemplo, não aceitaram." O jornalista Luiz Antônio Ryff viajou a convite da Secretaria de Cultura e Esporte do Distrito Federal. Texto Anterior: Cláudia Jimenez quer virar símbolo sexual Próximo Texto: Cinemateca celebra 25 anos de Gramado Índice |
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