São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 1997
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Informação improcedente; Imprecisões; Discussão saudável; Mundo animal; Protesto; Nomes; Panfleto; Mau gosto; Polly

Informação improcedente
"A informação publicada na coluna 'Painel' de 25/7, referindo-se a uma provável expulsão de jornalistas da solenidade de assinatura do contrato do sistema de cabos submarinos ópticos, realizada em Brasília, na noite de 23/7, não procede.
1) Quatro jornalistas ficaram justamente na porta de entrada, onde o presidente da Embratel e um diretor da empresa recepcionavam convidados.
2) Foi solicitado, por iniciativa da assessoria da diretoria da Embratel e por intermédio da gerência do estabelecimento onde se realizava o evento, que se afastassem da entrada para não impedir o acesso dos convidados.
3) Os jornalistas atenderam à solicitação, tendo se integrado ao ambiente da solenidade. Passados aproximadamente 30 minutos, se retiraram, por livre e espontânea vontade, já que estavam no local, segundo eles afirmaram, aguardando uma possível presença do ministro das Comunicações, o que não ocorreu;
4) Não existia nenhum representante da imprensa lusitana no local e caso lá estivesse seria também bem recebido."
Sergio Baptista de Mello, do Departamento de Comunicação Social da Embratel (Rio de Janeiro, RJ)

Imprecisões
"A reportagem sobre o acidente ocorrido na rua Votuporanga, 'Falha no solo derrubou casa, diz empresa' (18/7), apresenta algumas imprecisões.
Não falei em nome da Constran, pois apesar de ser consultor da construtora não tenho autoridade para responder por ela. Falei em meu nome pessoal, baseado em minha experiência profissional.
Pode ter ficado a impressão de que não houve preocupação por parte da Companhia do Metrô de realizar uma investigação geológica completa, antes da execução da obra.
Essa investigação foi feita, como sempre ocorre em obras desse porte. As sondagens são realizadas com espaçamentos que permitam traçar um perfil bem definido do subsolo.
No entanto, isso não elimina a possibilidade de ocorrerem bolsões de materiais não detectados pelas sondagens, já que a natureza não tem a obrigatoriedade de ser contínua e homogênea."
Carlos Eduardo Moreira Maffei, professor titular da Escola Politécnica da USP -Universidade de São Paulo (São Paulo, SP)

Discussão saudável
"Em sua coluna de 8/7, o professor Luís Paulo Rosenberg faz rasgados elogios ao que ele considera o exemplo argentino de aplicação da ortodoxia monetária.
Além de divergir do colunista quanto a alguns números e índices de tão fantástica performance, me chamou a atenção a afirmação de que 'globalização não se discute, adere-se a ela com determinação e muito trabalho para partilhar dos frutos da riqueza...'.
Como intelectual, me parece que o professor deveria lutar para que todo e qualquer conceito fosse discutido. E globalização deve ser discutida, sim senhor!
Privatização se discute!
Qualquer assunto pode e deve ser discutido. Pois existem maneiras e maneiras. Algumas desastrosas, como foi, naquele país, a privatização da Aerolineas Argentinas ou o rateio entre as estatais Télécom (francesa) e Telefónica (espanhola) do monopólio dos serviços de telefone.
Não deixa de ser irônico... Globalização ou não, o que existem são negócios bem feitos e outros mal feitos. As palavras privatização ou globalização não são salvo-condutos que garantam modernidade a ninguém.
Discutamos tudo a que temos direito, professor! Isso é ser moderno. Ou a economia está se tornando um mero apanhado de princípios dogmáticos?"
Carlos Costa, jornalista (São Paulo, SP)

Mundo animal
"A declaração do presidente Fernando Henrique de que o jacaré é 'quase humano' deverá causar protestos. Mas pensem um pouco.
Quem vive perto de Antonio Carlos Magalhães e seu fiel escudeiro, Luís Eduardo, José Sarney, Marco Maciel e Serjão só pode achar o jacaré quase humano e até mais dócil."
Luiz Antonio D. Fernandes (Piracicaba, SP)

Protesto
"As pessoas pugnam por uma ética abstrata, esquecendo de refletir sobre a sua própria, muitas vezes desabonadora.
Incorreram, este jornal e a empresa HP (Hewlett Packard), em tal prática.
O jornal por veicular propaganda, em 23/7, da HP que reduz as relações humanas, frequentemente conflitantes ('custa menos que a pensão da sua ex-mulher'), ao custo de uma máquina, cujo funcionamento é mais eficiente do que uma categoria de profissionais ('e processa mais rápido que o advogado dela').
Meus protestos como cidadã e profissional do direito."
Adriana Gragnani (São Paulo, SP)

Nomes
"O artigo do ministro da Saúde (20/7) traz, realmente, uma revolução no sistema de gestão do SUS, mas faltou dar os nomes.
A prática de destinar R$ 1 por habitante para o atendimento primário da saúde chama-se 'captation'.
A segunda revolução contida na proposta é a aceitação do SUS do 'managed care' (cuidados de saúde gerenciados), que aplicado nos Estados Unidos fez com que os planos de saúde economizassem 23% dos custos."
José Knoplich, ex-secretário executivo do PAS (São Paulo, SP)

Panfleto
"Que gracinha panfletária o iracundo editorial de 9/7 contra a UNE e os partidos de esquerda!
Porém, explicável: os donos da Folha (e, claro, das únicas verdades universais sobre a democracia) bufam contra a hegemonia dos partidos de esquerda no movimento estudantil (sendo o Congresso da UNE um dos reflexos importantes) simplesmente porque os partidos da preferência desses editorialistas -como o PSDB, por exemplo- não encontram o menor respaldo para suas teses neoglobais entre a juventude politicamente ativa..."
Paulo A. Nitsche (Curitiba, PR)

Nota da Redação - A Folha é reconhecidamente um jornal apartidário. Quanto ao respaldo de diferentes teses políticas entre os estudantes, seria melhor que eles próprios o expressassem em eleição direta -como argumentava o editorial.

Mau gosto
"Os textos do sr. José Simão sempre se destacam pelo mau gosto e pela vulgaridade.
Mas em 11/7 o ilustre articulista superou-se, demonstrando extremo mau gosto em pretender fazer humor com o lamentável acidente da TAM e vulgaridade sem par com o infame trocadilho com o nome Fokker."
Helio Rolim (Santos, SP)

Polly
"A ovelhinha Polly não pode vir de forma alguma ao Brasil, principalmente ao interior de São Paulo.
Estará se arriscando a ter seu sangue chupado pelo famoso facínora paulista, o 'chupa-cabra'."
Fernando Al-Egypto (Petrópolis, RJ)

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