São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997 |
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Andaluz dá show no Agrocentro
SEBASTIÃO NASCIMENTO
Durante a feira, os criadores de andaluz puderam ainda comprovar a forte demanda pelo cavalo devido à escassez da oferta no país. Um leilão obteve média próxima de R$ 10 mil na venda de 27 lotes. A Federação Brasileira do Cavalo Andaluz, promotora da mostra, deu ênfase às provas de pista e ofereceu a elas o mesmo status das disputas de morfologia, onde a beleza do animal conta ponto. "Os animais que se apresentaram nos julgamentos morfológicos também tiveram de comer poeira na pista de provas, demonstrando que a filosofia mudou, e o andaluz hoje está longe de ser considerado um cavalo de vitrine." A explicação é de José Aparecido Pinto, diretor de esportes da federação nacional. Segundo ele, uma das provas mais tradicionais e que maior interesse desperta nos cavaleiros é a de equitação portuguesa. "Na equitação portuguesa, o cavalo reproduz as coreografias da tourada em Portugal. Nela, o toureiro domina o boi montado." Esse tipo de competição é típica do cavalo puro-sangue lusitano, cuja população é mais numerosa em Portugal. Existe também o cavalo pura-raça espanhola. Como o nome diz, ele é o preferido dos espanhóis e usado na doma de campo na Espanha, segundo José Aparecido. No Brasil, as duas raças, puro-sangue lusitano e pura-raça espanhola, também são conhecidas como andaluz. Cavalo submisso "A prova de equitação portuguesa mostra a submissão do andaluz ao seu condutor", diz José Aparecido. Segundo ele, no tempo de cinco minutos de duração da prova "o que se percebe é a facilidade de o animal trocar os passos, além dos movimentos". Para desenvolver a competitividade de seus peões, os criadores de andaluz não costumam economizar. Fábio Lombardo, 30, por exemplo, ginete do haras paulista Canaã, tem 18 anos de experiência e fez diversos cursos em Portugal. Ele era apontado como um dos vencedores da prova de equitação. Leilão O animal mais caro vendido no leilão foi Minuto do Top, que saiu por R$ 18 mil. Ele foi apresentado pelo haras Abrigus e comprado por Manoel Lopes da Costa, de Vassouras (RJ). O potro Paraná do Top, de apenas dois anos, foi adquirido por R$ 10,5 mil pelo criador Pedro Luis Colum. Já os paulistas José Victor Oliva e Tonico Pereira compraram o garanhão preto Nureiev por R$ 13,5 mil. Texto Anterior: Brasil aumenta a sua produção de flores e melhora qualidade Próximo Texto: Feiras agitam interior de São Paulo Índice |
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