São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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Trabalhador prevê desemprego

DO ENVIADO ESPECIAL

Uma colheitadeira automotriz chega a substituir até 120 trabalhadores na colheita de café, de acordo com o professor José Luís Duarte Coelho.
Coelho, especialista em mecanização agrícola, é professor da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), de Piracicaba (SP).
"Mas ela não irá causar desemprego, pois está ocupando o lugar de um tipo de mão-de-obra que não existe mais", diz Coelho.
O presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Francisco Urbano Araújo Filho, 56, discorda.
"Se não fosse para economizar mão-de-obra, por que o produtor estaria colocando máquinas?"
Urbano reconhece que ainda é cedo para avaliar o impacto que poderá ser provocado pela mecanização da colheita na área do emprego rural .
Ele afirma que a confederação não é contra a modernização tecnológica na agricultura.
"O governo deveria incentivar a mecanização, deve criar um programa para absorver o trabalhador que será dispensado."
Segundo o presidente da Contag, seria necessária uma política de reforma agrária.
A mecanização dessas culturas, segundo ele, está provocando desemprego em diversas regiões agrícolas do país.

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