São Paulo, terça-feira, 29 de julho de 1997
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Ferida reaberta; Retaliação pefelista; Guerra no governo; Conta que não fecha; Direito autoral; Fica o registro; Plano federal; Marcando posição; Alvo delicado; Ganhou tempo; Filme antigo; Previsão sombria; Troco tucano; Tropa de choque; Entrando em forma; Avaliação pepebista

Ferida reaberta
ACM voltou a ficar contrariado com FHC e Serjão. Acha que seu filho Luís Eduardo Magalhães (PFL) aparece mal em reportagem desta semana da revista "Veja". E avalia que só o presidente ou o ministro podem ter dado informações à revista.

Retaliação pefelista
Alguns interlocutores de Luís Eduardo dizem que o líder do governo conta, reservadamente, críticas que ouviu de FHC em relação a Serjão. O presidente teria dito que remédios estariam deixando o ministro descontrolado.

Guerra no governo
PFL e PMDB articulam mudança na lei eleitoral de 98 contra o PSDB. Querem que FHC concorra com número eleitoral neutro e não o 45. "Se FHC for candidato de três ou quatro partidos, não pode ter o número só de um", diz um peemedebista.
Conta que não fecha
PFL e PMDB estão se unindo contra o PSDB para arrumar lugar mais vantajoso na aliança que apoiará FHC. A crise provocada por Serjão é a cola dessa parceria. Para os aliados, os tucanos querem ficar marcados como a banda boa do governo.

Direito autoral
Autor da frase "cachorro também é humano", o ex-ministro Magri vibrou com o "jacaré é quase humano" de FHC. "As frases estão ligadas umbilicalmente, mas como ele é intelectual, poliglota, ninguém liga."

Fica o registro
Malan (Fazenda) nega ter pressionado o governador de Alagoas, Manoel Barros, a deixar o Planalto indicar os titulares das secretarias de Educação, de Saúde e de Saneamento e Energia.

Plano federal
O presidente já decidiu que o Ministério das Relações Exteriores absorverá em dezembro a área de comércio exterior.

Marcando posição
A Força Sindical quer levar cerca de 2 mil sindicalistas dia 15 de agosto para manifestação em Brasília contra a reforma da Previdência a ser votada no Senado.

Alvo delicado
A CPI dos Precatórios acabou em pizza, mas a Polícia Federal está lendo documentos importantes da comissão. Interesse maior: instituições financeiras.

Ganhou tempo
Deve ser adiado novamente o tão esperado julgamento de Collor na Receita por suspeita de sonegação de R$ 6 mi a R$ 8 mi.

Filme antigo
Secretário de Covas (PSDB), o paulista Emerson Kapaz critica o aumento de ICMS pelo governo Antônio Britto (PMDB-RS). "É o Robin Hood às avessas. Abriram mão de receita para um grupo de empresas e agora querem que o povo pague a conta."

Previsão sombria
Emerson Kapaz (secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento) diz que o governo paulista nunca fez o jogo da guerra fiscal. "Os Estados do Rio, Minas, Paraná e os do Nordeste vão pelo mesmo caminho da crise de Alagoas, cuja origem é fiscal."

Troco tucano
De Covas (SP), ao responder se o seu jantar com FHC havia sido tão proveitoso como o do presidente com Maluf: "O dele (Maluf) foi proveitoso mesmo. O nome dele até saiu do relatório final da CPI (dos Precatórios)".

Tropa de choque
O comando da Receita Federal realiza seleção interna de fiscais que serão enviados para Alagoas. Missão: investigar usineiros suspeitos de sonegação.

Entrando em forma
Sepúlveda Pertence, ministro do STF, chega nesta semana a Brasília após temporada internado em um spa paulista. Presidenciável namorado pela oposição, ele perdeu quase 10 kg.

Avaliação pepebista
Para o senador Amin (PPB), o fato de os policiais paulistas não terem entrado em greve arrefeceu a crise das PMs. "Ao não demitir o comando da PM no caso de Diadema, Covas ficou com crédito junto ao topo da corporação, que retribuiu agora."

E-mail:±painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), sobre categorias do funcionalismo público planejarem entrar em greve na carona da crise das PMs:
- Setores da oposição voltam a apostar no quanto pior melhor. Sabem que só atingindo o Real poderão ter chance em 98.

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